Uma das marcas do meu trabalho é a profundidade visual criada com camadas de textura. Neste post, compartilho como combino isopor modelado, uma massa especial e técnicas variadas de pintura para gerar relevo e impacto visual nas minhas obras tridimensionais.
Etapa 1 – Base e modelagem

Tudo começa com o isopor. Já usei todo tipo para criar minhas peças, mas recentemente encontrei um fornecedor que oferece boa qualidade, preço justo e pontualidade. Hoje utilizo um isopor de média densidade (± 18–25 kg/m³), que aceita cortes precisos sem deformar e permite modelagem sem esfarelar.
O isopor escolar, por exemplo, é fácil de encontrar, por outro lado, dá muito trabalho: exige várias camadas de massa para ficar minimamente apresentável e, mesmo assim, corre o risco de derreter após a pintura. Por isso, encontrar uma placa de qualidade é fundamental para um bom resultado. por aqui eu compro de cento, mas o preço e a qualidade compensam.
Sobre o corte: desenvolvi meu próprio cortador de isopor. Os modelos vendidos em loja não entregam o tipo de corte côncavo que eu precisava para criar formas rochosas e orgânicas. Depois de muitas tentativas, encontrei o material e o fio ideais — combinando espessura e densidade — para atingir o efeito que eu buscava.
Hoje, todos os meus alunos da Confraria da Criação recebem um passo a passo completo para construir esse cortador exclusivo e essencial para criar nossas peças tridimensionais.
Etapa 2 – Aplicação da massa

A escolha da massa foi outra saga. Já testei cimento, gesso, todas essas pastas de modelagem do mercado artesanal, massa corrida, texturas diversas… até chegar a uma fórmula própria, com a proporção certa de componentes, que veda completamente o isopor e permite a aplicação de qualquer tipo de tinta — inclusive aquelas abrasivas que normalmente corroem o material.
Essa combinação me deu liberdade para experimentar tintas metálicas, foscas, peroladas, prateadas e douradas. A aplicação também exigiu testes: levei anos para ajustar a quantidade ideal e garantir que a forma aguentasse o acabamento e as camadas de tinta que eu queria aplicar.
Etapa 3 – Pintura com spray
A pintura é onde tudo ganha vida. Já testei muitos tipos de spray, mas hoje uso (sem propaganda aqui 😅) os sprays voltados para grafite, que têm excelente pigmentação, cobertura rápida e cores intensas — exatamente como eu preciso.

A própria tridimensionalidade da peça já cria contraste de luz e sombra naturalmente. Mas, claro, as técnicas de pintura ajudam: anos usando lápis de cor, tinta acrílica, óleo e até tecido me ensinaram como cada tinta se comporta. Estudar isso faz toda diferença.
Quando mostro meu trabalho pela primeira vez, as reações costumam ser:
“Que legal, posso tocar? Como você faz isso? Que diferente!”
E essa é a melhor parte. Depois que o impacto inicial passa, muita gente começa a “viajar” nas formas. Quem tem sensibilidade para arte costuma enxergar paisagens, relevos naturais, rios, montanhas… e isso é parte do encanto do resultado.
Se curtiu conhecer um pouco mais do meu processo criativo, te convido a me acompanhar no Instagram @dariomartins.art. Lá compartilho obras, bastidores e conteúdos sobre essa jornada artística que mistura técnica, textura e emoção.
Fique à vontade também para explorar o site, ver outras obras ou entrar em contato caso tenha interesse em conhecer mais de perto o meu trabalho.
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