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Saiba o que levar em consideração na precificação da sua arte.

O que derruba o valor da sua obra (mesmo que ela esteja bem feita?).

Você pode ter talento, técnica, boas ideias…
Mas se comete alguns erros na forma como entrega sua arte, o valor percebido cai — e a desvalorização começa.

Muitos artistas se dedicam profundamente à criação, mas acabam derrapando no pós-produção.
E não falo só de acabamento: falo de atitude, posicionamento e escolha.

Hoje quero te mostrar quais erros são mais comuns — e como evitá-los.


1. Doar ou dar de presente: um hábito que mina o valor

Sim, é bonito presentear com arte.
Mas quando isso se torna padrão, você passa a comunicar que sua obra tem pouco valor comercial.

Pense bem: se você passa meses criando, testando materiais, estudando técnicas e finalizando com cuidado…
Por que entregar gratuitamente?

Isso enfraquece seu posicionamento como artista profissional.
Se for doar, faça com intenção estratégica — por exemplo, como presente institucional, ação promocional pontual, ou em feiras com sorteios bem estruturados.

Mas como regra geral: arte se valoriza com preço, não com favor.


2. Acabamento pobre derruba tudo

Já falei disso em outros textos, mas vale repetir:
a parte de trás da obra, a moldura, a fixação e o certificado são parte da entrega.

Uma peça com técnica impecável mas com moldura mal feita, verso amador ou ausência de assinatura…
Perde força.

A entrega final é o que fica na memória de quem compra — e o que constrói (ou destrói) a confiança no seu trabalho.


3. Cuidado com “tá bom assim”

“Tá legalzinho, já dá pra postar.”
“Já tá bom, ninguém vai ver o verso.”
“Assim mesmo serve.”

Frases assim parecem inofensivas, mas são sinais de um padrão mental que sabota seu crescimento.

O bom artista não é o perfeccionista paralisado — é o comprometido com o melhor que consegue entregar hoje.

Pergunte sempre:

  • Isso me representa?
  • Isso tem meu melhor atual?
  • Isso comunica minha intenção como artista?

Se a resposta for “mais ou menos”, volte e refine.


4. Falta de presença no meio artístico te isola — e atrasa sua evolução

Arte não se faz só no ateliê.
Você precisa ver, ouvir, observar, conversar, circular.

  • Participe de feiras, mesmo que só como visitante;
  • Visite exposições;
  • Observe como outros artistas expõem, explicam, embalam e vendem;
  • Veja como posicionam o valor das obras;
  • Perceba as reações do público.

É no ambiente que você aprende o jogo.
E quanto mais você circula, mais clareza ganha sobre onde se posicionar e como se destacar.


5. Busque mentores, modelos, artistas que te inspiram

Você não precisa inventar tudo do zero.
Aprender com quem está alguns passos à frente é uma das formas mais inteligentes de crescer.

Observe:

  • Como eles falam da própria arte;
  • Como se posicionam nas redes;
  • Como tratam os clientes;
  • Como fotografam suas obras;
  • Como organizam o portfólio;
  • Como mantêm consistência na comunicação.

Esses aprendizados, mesmo silenciosos, moldam sua identidade com base na realidade e não na ilusão.


6. Posicionamento é parte da obra

Seu comportamento, sua postura, sua entrega — tudo isso faz parte do seu trabalho.

Se você se posiciona como artista profissional, que cuida, que entrega com padrão, que sabe o que quer…
O público percebe. E valoriza.

Se você age como quem está “tentando vender alguma coisinha”…
O público também percebe. E ignora.


Conclusão

Não basta fazer algo bonito.
É preciso entregar com consciência, comunicar com clareza e se posicionar com verdade.

Evite os erros que sabotam sua trajetória:

  • Entregar sem valor;
  • Relaxar no acabamento;
  • Se isolar do meio;
  • Repetir o que não funciona;
  • Se comparar com quem apenas aparenta.

Construa seu caminho com estratégia, cuidado e aprendizado constante.

Na Confraria da Criação, isso é prática.
Ensinamos técnica, mas também identidade, postura, posicionamento e entrega.
Porque a arte não termina quando você assina — ela começa quando você se coloca no mundo.


Dario Martins · Arte com volume e identidade visual

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