Uma das marcas do meu trabalho é a profundidade visual criada com camadas de textura. Neste post, compartilho como combino isopor modelado, uma massa especial e técnicas variadas de pintura para gerar relevo e impacto visual nas minhas obras tridimensionais.
Etapa 1 – Base e modelagem

Tudo começa com o isopor. Já experimentei vários tipos de material, mas recentemente encontrei um fornecedor que oferece boa qualidade, preço justo e entrega pontual.
Atualmente, uso um isopor de média densidade (18–25 kg/m³) — firme o suficiente para cortes precisos, sem deformar ou esfarelar.
O isopor escolar, por outro lado, é fácil de achar, porém exige muitas camadas de massa para um bom acabamento. Mesmo assim, corre o risco de derreter durante a pintura.
Por isso, escolher uma placa de qualidade é essencial para garantir durabilidade e um resultado visual profissional.
💡 Dica prática: compro o material em grande quantidade (por cento), o que reduz o custo e mantém a consistência entre as peças.
Etapa 2 – Corte e forma

Desenvolvi meu próprio cortador de isopor artesanal, pois os modelos vendidos em loja não ofereciam o tipo de corte côncavo que eu precisava.
Depois de muitos testes, encontrei o fio ideal para criar formas rochosas e orgânicas, com acabamento suave.
Esse cortador é tão importante no processo que, hoje, todos os alunos da Confraria da Criação aprendem a montá-lo passo a passo — é uma ferramenta essencial para criar textura e relevo em isopor com precisão.
pois que o impacto inicial passa, muita gente começa a “viajar” nas formas. Quem tem sensibilidade para arte costuma enxergar paisagens, relevos naturais, rios, montanhas… e isso é parte do encanto do resultado.
Etapa 3 – Aplicação da massa

Encontrar a massa certa também foi um desafio.
Testei cimento, gesso, massas artesanais e até massa corrida, até desenvolver minha própria fórmula exclusiva.
Ela sela completamente o isopor e permite a aplicação de qualquer tipo de tinta — inclusive sprays metálicos, perolados e abrasivos, que normalmente corroem o material.
Essa mistura personalizada possibilitou liberdade criativa total: consigo testar cores metálicas, foscas e luminosas sem comprometer a estrutura da peça.
Etapa 4 – Pintura com tinta spray
A pintura é o momento em que a textura em isopor ganha vida.
Atualmente, uso tintas spray profissionais para grafite, pela excelente pigmentação e cobertura uniforme.
Elas ajudam a criar profundidade visual, realçando luz, sombra e relevo natural da superfície.
O resultado vem da combinação entre o controle técnico e o comportamento imprevisível da tinta sobre a massa — é nesse diálogo entre controle e acaso que a arte se forma.
Textura, relevo e percepção
As reações de quem vê minhas obras são sempre curiosas:
“Posso tocar? É pedra? É escultura?”
Muitos enxergam paisagens, rochas e relevos naturais nas formas criadas. Essa interpretação livre é parte do encanto da técnica — o que nasce como textura em isopor e spray acaba evocando sensações e memórias.
Conclusão
A textura em isopor é, para mim, uma forma de transformar o simples em arte.
O isopor ganha densidade, a massa cria relevo e o spray acrescenta emoção e profundidade.
Cada camada é um gesto, uma descoberta e uma oportunidade de traduzir a natureza em forma e cor.
Se você quer acompanhar mais sobre esse processo, veja minhas obras no site oficial ou siga no Instagram @dariomartins.art.
Lá compartilho bastidores, estudos e técnicas que unem materiais simples e resultados intensos.
